Equipe do Museu Vivo do São Bento realiza visita de reconhecimento de campo para a retomada das atividades de percurso

A equipe do Museu Vivo do São Bento (MVSB), sob a gestão da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Duque de Caxias (SMCT/DC), realizou, nesta quarta-feira (6), uma visita de reconhecimento de campo do percurso realizado pela instituição.

O MVSB é um complexo museológico, considerado o primeiro Ecomuseu de Percurso da Baixada Fluminense. Diferente de um museu tradicional, o de percurso não concentra suas atividades em um único espaço, mas sim em um roteiro que passa por diferentes locais que contam a história da região onde está situado.

(Foto: Rafael Nascimento/ MSVB)

Na próxima quarta-feira (13), o Museu retornará com as atividades do percurso com alunos e professores do Centro de Educação de Jovens e Adultos de Duque de Caxias (Ceja/DC). Os visitantes serão guiados pela turismóloga Simone Garcia, e pela estudante de arqueologia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Marcela Milão. Serão visitados nove pontos do percurso: Casa do Administrador, Casarão e Capela, Tulha A, Farmácia, Telégrafo, Sede Administrativa, Casa do Colono, Esporte Clube e Sambaqui.

Marcela explica que os sambaquis, um dos pontos de maior interesse por quem realiza o percurso, são sítios arqueológicos constituídos por camadas sobrepostas de areia, terra e conchas. “Sua construção era um processo contínuo, e alguns permaneceram em atividade por milênios. Em seu interior, são encontrados diversos vestígios de atividades humanas, como artefatos líticos, ósseos e de concha, restos de fogueiras, sepultamentos e uma grande variedade de resquícios de animais e plantas”, explica Marcela.

(Foto: Rafael Nascimento/ MSVB)

O nome “sambaqui” foi utilizado pelos tupis que chegaram ao território de São Bento, entre 3 e 2 mil anos atrás, para se referir aos “povos das conchas”. A palavra sambaqui, na língua tupi, significa “monte de conchas” ou “peito de moça”. Justamente pela forma como foram construídos e pela riqueza dos materiais neles preservados, os sambaquis são considerados sítios arqueológicos de grande complexidade.

“Graças a esses elementos, os pesquisadores conseguem reconstituir aspectos fundamentais da vida dos sambaquieiros, desvendando seus hábitos, organização social e relação com o ambiente”, completou a pesquisadora.

(Foto: Rafael Nascimento/ MSVB)

(Foto: Rafael Nascimento/ MSVB)

(Foto: Rafael Nascimento/ MSVB)

(Foto: MSVB)

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