Museu Vivo do São Bento ganha nova direção e sede vai passar por reforma

O Museu Vivo do São Bento que, recentemente, passou a ser administrado pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Duque de Caxias (SMCT/DC), vai ganhar uma reforma completa em sua sede administrativa, localizada na Rua Benjamin da Rocha Júnior, no 2º distrito da cidade. Após visita técnica realizada pelo secretário Aroldo Brito, com a presença do superintendente de Obras, João Frauches, foram constatados prejuízos nas estruturas prediais, que serão corrigidos com a reforma, que está em fase de licitação.

O Museu Vivo do São Bento é um complexo museológico, considerado o primeiro Ecomuseu de Percurso da Baixada Fluminense. Com a gestão sob a responsabilidade da SMCT/DC, a pedagoga da rede municipal, profª Denise Cabalini Klayn, assume o cargo de diretora e explica os objetivos da nova administração: “organizar todos os espaços para que funcionem adequadamente”. A diretora não pretende esperar a obra começar para dar início aos novos trabalhos do museu.

“Queremos dar continuidade ao trabalho que era realizado, mas aperfeiçoar. Sabemos que havia um trabalho com artesãs locais que pretendemos continuar, por exemplo. Na entrada do museu temos um mini coreto. Queremos aproveitar melhor esse espaço com feirinhas e convidar a comunidade para vir até aqui. Dentro da sede também temos um poema bar. Meu sonho é ver ele funcionando. Vamos poder chamar a comunidade para rodas de conversa, chamar os professores”, lista a diretora.

A pedagoga ainda afirma que a nova gestão não pretende “descaracterizar a configuração do museu”, que é de percurso. A diferença entre um museu de exposição e um de percurso é que o segundo não concentra suas atividades em um único espaço e sim em um “percurso”, que passa por diferentes locais que contam a história da região.

Fazem parte do percurso do Museu Vivo do São Bento 14 pontos turísticos da região. Um dos destaques é o sítio arqueológico do Sambaqui, que preserva a memória do povo tupi, que viveu na região entre 3 e 2 mil anos atrás. A palavra sambaqui, na língua tupi, significa “monte de conchas” ou “peito de moça”.

Entre as atividades que vão retornar, antes mesmo do início da reforma, está a visita guiada na rota de percurso do museu. “Entre a primeira e a segunda semana de agosto está previsto o retorno do percurso, com crianças das escolas da rede municipal”, anuncia Denise.

O trajeto será realizado com até 15 crianças por vez. A diretora explica que a ideia é que, a partir do percurso, as crianças realizem um trabalho na escola sobre o que viram e aprenderam. Na sequência, haverá uma exposição na unidade escolar com os trabalhos realizados. Por fim, as obras serão expostas na sede administrativa do museu que, atualmente, ainda abriga o Centro de Referência Patrimonial e Histórico do Município de Duque de Caxias (CRPH), o Centro de Pesquisa, Memória e História da Educação de Duque de Caxias e da Baixada Fluminense (Cepemhed) e o Arquivo Público Municipal, que não serão descontinuados, segundo Denise.

(Texto de autoria de Rafael Nascimento)

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